quinta-feira, 27 de agosto de 2009

REFLEXÃO

“ É hora de inovar e renovar, traçar caminhos que possam transcender o inesperado ou o complexo e criar conexões com o ainda não pensado ou o não ousado.”

Isabel Cristina Hierro Parolin

Depois que terminei o ensino médio no Colégio Estadual Professor Eraldo Tinoco, na cidade de Lafaiete Coutinho de onde sou natural e também onde estudei durante toda minha vida, decidir prestar vestibular para o curso de Pedagogia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia onde fui aprovada, vale ressaltar que também tentei antes por duas vezes o vestibular para o curso de Biologia e para o de Letras.

Ingressar na universidade era um sonho que parecia distante, mas que hoje faz parte da minha realidade,tendo assim o prazer de deslocar-me da cidade onde resido, percorrendo trinta quilômetros para chegar até Jequié. O motivo pelo qual escolhi o curso de pedagogia foi o fato de minha irmã ser professora e de ver a satisfação e a responsabilidade dela no desenvolver sua profissão.

Quando comecei a cursar pedagogia , todas as aulas eram para mim um acontecimento novo, pois não tinha noção de educação, para mim a educação ainda acontecia dentro dos moldes do tradicionalismo, sendo assim restringia-se a repassar conhecimentos. Então fui tomada por um imenso entusiasmo que só estimulava-me em torno das perspectivas com a futura formação.

No decorrer dos semestres descobri que ser educador não é apenas saber ministrar conteúdos e conseguir impor disciplina na sala de aula. Professor é aquele que estimula o aluno a fazer reflexões, dando o espaço para as críticas e assim fazendo com que o aprendizado aconteça de maneira significativa. É importante lembrar que um bom professor não se constitui apenas de teoria, embora ela tenha sua importância. Um professor vai se formando na relação teoria e prática, pois é a partir da ação e da reflexão que o professor se constrói enquanto indivíduo em pleno estado de mudança É nesse sentido que Freire afirma: “ Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção” . ( Freire, 1999, p. 24 )

Nesta oportunidade enfatizo que apesar de está feliz com a escolha do curso de pedagogia , existem pontos que faz-me pensar como por exemplo: a desvalorização do profissional de educação, e a falta de material pedagógico, porém isto não é o suficiente para desanimar-me. Esta é uma luta que a categoria deve travar em busca de melhores condições de trabalho. Esses são alguns desafios, porém cabe a nós não desanimarmos diante da missão de educar. Não se pode deixar o educador que existe em cada um de nós morrer, porque se isso acontecer o prejuízo será imenso.

E em busca de resolução para muitos desafios que começo a descrever os semestres até aqui estudados onde foi-me oferecido um conjunto de componentes curriculares que foi significativo para o processo de elaboração de uma visão complexa sobre o fenômeno educativo. O passeio pelo fundamentos da educação através de disciplinas relacionadas com a Filosofia, a História da Educação, a Sociologia e a Psicologia foi fundamental para a aplicação da perspectiva multidimensional como base para compreensão dos nexos da educação. Todo esse período foi de aprendizado intensivo gerado pela inquietude de tentar articular a teoria com a prática. Vale frizar que foi de primordial importância a convivência com os colegas nas atividades livres e em sala de aula. A troca de experiências entre nós foi de suma importância para a nossa formação e nosso desempenho profissional.

Assim, emergia a cada dia o desejo de aprofundar a reflexão sobre práticas educativas e as relações entre sujeitos dessa práxis no seu processo de construção de conhecimento, evidenciando seu lado prazeroso, o despertar do desejo de promover transformações necessárias para que essa atuação viesse a contribuir positivamente na vida e na formação de novos sujeitos.

O que é interessante de um currículo é a valorização do coletivo, é o estimulo a união para finalidades de mudanças. Nas aulas de Sociologia, Historiada Educação, Filosofia e Ciências Política discutíamos sempre a respeito da sociedade capitalista, da exploração, corrupção, injustiça, conteúdos que antes de discutir na universidade ,passavam despercebido, não havendo um olhar crítico. Tivemos acesso à vários textos, foram dias e dias de leituras, resenha, fichamentos, provas, artigos e com isso, abríamos novos horizontes em busca da construção dos nossos conhecimentos.

Na disciplina História da Educação ministrada pela professora Elenice, tivemos a honra de estudar sobre a história do Brasil e do mundo com um olhar voltado para as implicações a educação. Podendo assim, nos aprofundar mais nas questões voltadas a educação sem deixar de considerar os acontecimento históricos que já havíamos estudado em época de ginásio.

Em Antropologia Cultural, ministrada pela professora Marise, ficou bem clara a mudança de olhar que temos de ter em relação as crianças, observar a vida que ela representa, as infinitas possibilidades de manifestação dessa vida que ela traz. No dia a dia, identificamos ou distinguimos as pessoas pelas suas características físicas, ou seja, por sua aparência. Porém, a identidade cultural constitui o paradigma da persistência. As pessoas devem ao menos ter o potencial de reconhecerem-se como pessoas, interagindo com outras. De certa forma somos rodeados pela discriminação, pela injustiça e preconceito de raças, religião, cultura , educação , migração e imigração, etnia e vários outros fatores que inconsciente ou conscientemente nos são apresentados, dificultando nossas relações cotidianas.

Em fim cada matéria no decorrer do curso teve sua importância e o que foi fundamental para formar o ser humano que hoje sou foi poder compreender que entender as diferentes concepções de aprendizagem não significa apenas ler o que diferentes teóricos e pensadores falaram ou escreveram sobre o ensino e a aprendizagem, significa também buscar melhor compreender a prática educativa vigente de forma que ao refletir sobre a mesma possamos discutir e agir para transformá-la. A aproximação entre teoria e prática nos mostra novos horizontes que nos possibilitam buscar novas práticas de ensino que facilitem a aprendizagem dos educando.

No decorrer dos sete semestres do curso de pedagogia foram muitos conhecimentos adquiridos onde tivemos a satisfação de estudar muitos teóricos da educação e que no primeiro estágio em educação infantil pode ser tomado como base para trabalhar da melhor forma possível com meus alunos.

Com Freud ( 1975, p. 167 in MARTINS ), podemos observar a importância do desenvolvimento das fases da criança onde determina que deve-se respeitar e não reprimir o momento que cada criança está passando. E sendo assim cada uma em sua individualidade se desenvolve de um ritmo que também é próprio dele e não deve ser forçado para assim evitar possíveis traumas. O professor precisa ter os olhos abertos, não se prender somente a métodos deve procurar permanecer tranqüilo, inteiro e consciente de seu poder e limites e saber principalmente que ele é acima de tudo um espelho , um ponto de apoio para as crianças e que a afetividade entre ambos é fundamental para a aprendizagem.

Compreender o Estágio Curricular como um tempo destinado a um processo de ensino e aprendizagem é reconhecer que, apesar da formação oferecida em sala de aula ser fundamental, só ela não é suficiente para preparar os alunos para o pleno exercício se sua profissão. Faz-se necessário a inserção na realidade do cotidiano escolar. O que é propiciado pelo estágio e que também permite desenvolver competências para “ saber observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, consequentemente, propor alternativas de intervenção” ( PIMENTA, 1999, p. 76 ) e de superação.

O Estágio nós da a oportunidade de vivência em sala de aula, e nos faz perceber a importância de sermos profissionais mediadores entre a aprendizagem escolar e desenvolvimento intelectual do aluno. Sendo que as fases do estágio: observação, monitoria e regência, nos permite aos poucos perceber como se da a prática da instituição, onde está sempre respaldada nas ações do projeto estudado e aplicado de modo bem pertinente, pois, coincide com a realidade do cotidiano dos alunos. E isso, deverá sempre acontecer com muita responsabilidade e compromisso de maneira bem fundamentada e para isso é preciso considerar cada realidade onde ocorrerá a prática pedagógica, com suas características emocionais, culturais, socioeconômicas e tudo que o ambiente lhe proporciona.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

galera do VIII semestre


Oficina: Cantando e Brincando Também se aprende.
Projeto de intervenção em Educação Infantil

PRÁTICA PEDAGÓGICA


Segunda Feira dia 24/08/09
segunda aula de prática pedagógica no laboratório de informática , criação do blog .
Aula ministrada pelas professoras Maria do socorro e Edjane Freitas Novaes.